Zezinho Botafogo (PSB) encaminhou solicitação ao Procon Municipal no sentido de que o órgão possa implantar o programa “Procon vai as aulas” nas instituições de ensino da cidade de João Pessoa, visando a formação de um consumidor consciente, crítico e participativo, que exerça a efetiva escolha, sensibilizando os educadores e aqueles que têm oportunidade de disseminar conhecimentos sobre a necessidade de preparar os consumidores para atuar no mercado de consumo com consciência sobre seus direitos.
Justificativa do vereador: Vivemos em uma sociedade de consumo onde a produção em massa se acelera a cada dia, com a introdução de novas tecnologias. Os produtores, por sua vez, necessitam sempre de mais compradores e investem em estratégias de vendas que, de uma maneira sutil e encantadora, nos estimulam a consumir. Nossa percepção é influenciada pelas belas mensagens das campanhas publicitárias e outras estratégias de marketing que, habilmente, nos induzem a acreditar que precisamos comprar.
Consumir em excesso e sem reflexão, entretanto, pode gerar grandes problemas pessoais e, inclusive, sociais, tais como o superendividamento e o consequente aumento da desigualdade social. Dentre outros males, o consumismo leva ao stress familiar, a problemas de saúde, como a obesidade e a oneomania (compulsão por compras) e outros comportamentos prejudicais às relações sociais.
Além disso, o consumismo gera graves consequências para o planeta Terra, pois a utilização dos recursos naturais na fabricação de supérfluos e a crescente produção de lixo estão acabando com o meio ambiente. Isso deixa ás novas gerações uma herança de problemas que poderiam ser evitados, por meio de importantes ações, dentre as quais a educação para consumo.
Crianças e jovens têm sido alvo do marketing que não se restringe mais a oferecer a este público somente produtos de seu uso exclusivo (tais como brinquedos, jogos, etc.), mas também a induzi-lo a agir influenciando nas compras de toda família. Estudos constataram que as crianças, cedendo aos apelos publicitários, interferem diretamente na escolha das compras familiares, desde a escolha dos alimentos até a decoração da casa, passando por eletroeletrônicos, automóveis e outros produtos. Já os jovens, cada vez mais cedo recebem ofertas de produtos que os induzem a entrar no mundo dos adultos sem o devido preparo.
Não são incomum, aqueles que ainda não ingressaram no mercado de trabalho, já possuírem cartões de crédito, aparelhos de celular encarregados de modernidades, contas correntes, e outras facilidades, sem, no entanto, ter o conhecimento necessário para administrar essas contas e serem efetivamente responsáveis por seus gastos. Muitos ingressaram na juventude, já endividados.
Acreditamos que os conflitos e problemas de consumo podem ser minimizados à medida que os consumidores de seus direitos e deveres sejam amplamente conscientizados através da promoção da educação para o consumo. Devemos trabalhar para levar a educação para o consumo onde houver interesse, em qualquer espaço disponível e para a maior variedade possível.
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