O vereador Zezinho Botafogo (PSB) comentou a matéria veiculada no Jornal Correio da Paraíba deste final de semana intitulado “LEMBRANÇAS DE UM TEATRO” que fez referência aos 25 anos de abandono do Teatro “Juteca” localizado no bairro de Cruz das Armas. O parlamentar afirmou que desde o inicio do seu mandato no ano de 2001 cobra das autoridades públicas empenho para a reconstrução daquele equipamento cultural. “Fizemos vários pronunciamentos na tribuna da Câmara Municipal, encaminhamos diversos requerimentos ao Poder Executivo e aprovamos emendas ao orçamento no sentido de beneficiar aquele local, que achamos de grande importância para o resgate cultural daquele local”, ressaltou Zezinho. “Ainda tivemos no local com a presença de representantes da PMJP, inclusive o atual prefeito Luciano Agra, que na época era Secretário de Planejamento do município, onde registramos a situação precária existente, inclusive com uma família que residia no interior do equipamento, correndo risco, mas que urgentemente a prefeitura conseguiu remover para um local digno de moradia”, disse o vereador.
Ainda segundo Zezinho Botafogo a Prefeitura Municipal apresentou no ano passado o projeto de reforma do Teatro Juteca com a participação da comunidade local e anunciou que em breve estariam assinando a ordem de serviço para a execução das obras, o que não ocorreu até o presente. “Sabemos dos entraves burocráticos que existem para o cumprimento das leis para que a prefeitura possa dar inicio as obras, mas a comunidade não pode ser prejudicada; o teatro é um patrimônio cultural da sociedade e temos certeza que o local trará benefícios imensuráveis na inclusão social de crianças e adolescentes e Cruz das Armas não poderá deixar essa oportunidade”, destacou o vereador.
Zezinho Botafogo parabenizou o movimento criado pelo Grupo Nova Juteca, através da Associação dos Feirantes Organizados de Cruz das Armas, presidido pelo Sr. Edmilson Soares, que há dois anos realiza atividades culturais como a o Auto de Natal e Paixão de Cristo e agora se mobiliza com ações em frente ao teatro para sensibilizar as autoridades públicas do município. “Tenho acompanhado o esforço incondicional deste grupo, com seus artistas e organizadores, e achamos por demais legitima a luta desses abnegados lutadores pelo soerguimento da cultura, não só de Cruz das Armas, mas da cidade de João Pessoa”, disse Zezinho. Segue alguns link’s e matérias sobre o teatro juteca.
http://www.zezinhobotafogo.com.br/index.php?option=com_phocagallery&view=category&id=95:teatro-juteca&Itemid=56
http://www.cmjp.pb.gov.br/Blog/Blog/zezinhobotafogo/20/04/2007/146/vereador-zezinho-botafogo-solicitou-reabertura-do-teatro-juteca
http://www.zezinhobotafogo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=493:teatro-juteca&catid=39:noticias&Itemid=54
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-BAf4Yxar-A_s_d1d6zDn-WQ8vABiQ0AHW8X1YCRYpgRdU_3elTF9sMGNiOSF4YWdS-xyVptLkFsvIJT6hBvKEvPkDRpV4iK56rKWN502PAaluetwWPEMso8FtH0_LaSYgH4Zru0fUucC/s1600/Faixa+e+Banner+Teatro+Da+Juteca+Part.+Zezinho.jpg
http://jornaldaparaiba.com.br/noticia/81996_juteca-esta-abandonada
Projeto de reforma apresentado pela UNIPÊ
http://arqpb.blogspot.com.br/2009/12/laboratorio-de-praticas-projetuais.html
MEMORIAL
O Laboratório de Práticas Projetuais do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Unipê, foi criado em 2003 com o objetivo de propiciar ao aluno uma iniciação profissional, a partir do seu envolvimento técnico, didaticamente planejado com as atividades específicas do profissional de arquitetura e urbanismo.
Entre as atividades previstas para o Laboratório de Práticas Projetuais, podemos citar a elaboração de estudos, pesquisas, consultoria, diagnósticos, relatórios, projetos e quaisquer outros trabalhos técnicos para a comunidade, assim o desenvolvimento de trabalhos que venham a ser contratados, relativos à prestação de serviços nas áreas de arquitetura e urbanismo, por empresas, organizações públicas ou privadas, e considerados de relevante interesse acadêmico.
Este proposta para a Juteca foi resultado de uma parceria do Movimento Paz e Cidadania – Cruz das Armas – e do Unipê, através do Laboratório de Práticas Projetuais do Curso de Arquitetura e Urbanismo, visando o desenvolvimento de um anteprojeto de reforma do Teatro da Juteca.
.
OBJETIVOS
.
Objetivo Geral
Elaborar um anteprojeto de arquitetura de reforma do Teatro da Juteca, que se adeque às suas atuais necessidades de funcionamento.
.
Objetivos Específicos
• Resgatar o valor simbólico do grupo teatral de Cruz das Armas - JUTECA;
• Proporcionar um espaço de lazer, educação e cultura para o bairro de Cruz das Armas;
• Instigar o contato da população carente com as artes;
• Diminuir o nível de marginalização no bairro;
• Criar condições de acessibilidade a todos.
.
JUSTIFICATIVA
• Apesar de possuir grande delimitação na malha urbana de João Pessoa, Cruz das Armas é um bairro carente em espaços de lazer e convívio social;
• Existe interesse da comunidade em reativar o Teatro;
• O grupo Teatral Juteca ainda existe, porém não há espaços onde o mesmo realize suas atividades;
• Atualmente, o bairro apresenta altos índices de violência urbana, com formação de gangues de ruas e assassinatos.
.
ASPECTOS HISTÓRICOS
• Em 1960 forma-se a Juventude Teatral de Cruz das Armas – JUTECA, grupo de jovens atores do bairro, dentre eles Ednaldo do Egypto, Zezita Matos, Félix Galdino e Dorgival Soares Barbosa, Breno Matos, Geraldo Jorge;
• Através de doações, é inaugurado em 1961 o Teatro da Juteca, sendo o primeiro teatro de bairro de João Pessoa;
• Manteve-se em funcionamento até o início dos anos 80, quando em regime de comodato foi transferido para Escola Estadual Municipal Oscar de Castro, que não se responsabilizou por sua manutenção;
• Após o fechamento, o teatro ficou abandonado. A pedido do teatrólogo Ednaldo do Egypto foi ocupado por uma família que habita precariamente o edifício até os dias atuais.
.
A PROPOSTA
A reativação do Teatro da Juteca é parte de um projeto mais amplo de criação de um centro cultural, com espaços para apresentações teatrais, dança, música, cinema, palestras e exposições. A fase inicial prevê a adequação da Juteca às novas necessidades programáticas e exigências da legislação pertinente, disponibilizando à comunidade, em um primeiro momento, um novo espaço para as apresentações e estudo das artes.
.
O terreno, de dimensões reduzidas, associado às novas exigências projetuais, determinaram a verticalização da construção dentro dos limites máximos permitidos pela legislação. A proposta, em sua reformulação da fachada, ao utilizar uma linguagem arquitetônica calcada na verticalidade e no uso de materiais contemporâneos, procura atribuir um novo valor estético a edificação, ao mesmo tempo em que resgata o caráter simbólico que a mesma tem para a comunidade.
.
Espacialização
Três grupos funcionais principais delinearam uma nova configuração para o edifício. Um bloco anterior, totalmente reconstruído, abriga a bilheteria, foyer, sanitários, administração e sala de múltiplo uso; o bloco central compreende os espaços da platéia, balcão e cabine técnica, e em um terceiro bloco estão localizados a caixa cênica e camarins.
.
O acesso principal à edificação é identificado por um terraço que abriga a bilheteria. O rebaixamento do nível da platéia permitiu a acessibilidade à edificação das pessoas com dificuldade de locomoção, através de um acesso lateral que também funciona como saída de emergência.
.
Um foyer de pé direito duplo direciona o público para os principais espaços do teatro. Os acessos às áreas da platéia e balcão é feito através de lances de escada (e rampas laterais), dispostos sobre um jardim interno com fechamento superior em domus, proporcionando iluminação e ventilação naturais.
.
Nos demais planos deste bloco, estão localizadas a administração e a sala de múltiplo uso, destinada às aulas de dança, música ou eventualmente como alojamento e camarim para os atores. Esta sala, dotada de wc e copa de apoio, possui iluminação natural e ventilação cruzada, conectando-se diretamente ao palco e camarins principais por uma circulação exclusiva de serviço.
.
Em nível situado 1,57m acima, está a platéia. distribuída em patamares, com capacidade para 114 lugares lugares, dos quais dois destes destinados à cadeirantes, este espaço foi redimensionado para viabilizar o proscênio da caixa cênica, sendo complementado pelo balcão superior com 23 poltronas. A cabine técnica, localizada sobre o balcão foi projetada para controle de luz, som, como também projeção de cinema. O acesso direto ao urdimento é facilitado pela existêcia de uma circulação lateral, garantindo eficiência operacional.
.
A caixa cênica e camarins definem o terceiro e último bloco do teatro. Na caixa cênica, A altura do urdimento foi redimensionada, adequando-se às exigências técnicas. O palco está localizado 70 cm acima do nível da platéia, com boca de cena de 6 metros de largura por 4 metros de altura, um proscênio de 1,5m define uma profundidade total de 6,5m ao palco. As passarelas e varandas, juntamente com as grelhas do urdimento dão o suporte técnico necessário.
.
Sob o palco estão os camarins e áreas de apoio necessárias ao corpo teatral: estar, wcs e depósitos. Todos estes espaços interligados ao palco e sala de múltiplo uso através de escadas e circulações de serviços.
.
Instalações
Os sistemas de refrigeração adotados para o Teatro da Juteca são de dois tipos, central splitão vertical para platéia e cabine técnica e split aparente de parede para camarins, estar, administração e sala de múltiplo uso. No primeiro caso, as máquinas serão instaladas na circulação técnica lateral e os dutos aparentes no nível das placas acústicas.
Além de toda vedação e climatização da platéia, propõe-se um jogo de placas acústicas no teto que associadas ao revestimento das alvenarias e do piso garantam a integibilidade da palavra no ambiente.
.
O projeto luminotécnico englobará especialmente dois trechos distintos do corpo do edifício, a platéia e o palco, ambos acionados da cabine técnica. Suas instalações situam-se em grande parte na caixa cênica (em varas de iluminação fixadas em viga metálica) e na estrutura inferior da cabine de comando e passarelas.
.
Estrutura
A solução estrutural adotada para o Teatro da Juteca é mista, utilizando o concreto armado no bloco anterior (pilares, vigas e lajes), para os trechos de recuperação da platéia e caixa cênica foram utilizados estruturas em concreto armado (pilares) e perfis metálicos para o vigamento da coberta.
.
.
FICHA TÉCNICA
LABORATÓRIO DE PRÁTICAS PROJETUAIS
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO
UNIPÊ – JOÃO PESSOA / PB
Coordenadora Geral: Arqa. Amélia Panet (Profa.)
Coordenador Executivo: Arq. Cláudio Nogueira (Prof.)
Coordenador do Projeto: Arq. Ernani Henrique Júnior (Prof.)
Colaboradores: Arq. Francisco Trajano Sales (Prof.)
Arq. Jean Carlo Fechine (Prof.)
Estagiárias: Márcia Virginia Costa (aluna)
Rebeca Conserva (aluna)
Tatiana Moura (aluna)
Estrutura: Eng. Marcelo Franca (Prof.)
Instalações Elétricas: Arq. Valder de Souza (Prof.)
Orçamento: Eng. Eduardo Porto (Prof.)
Inst. de Prevenção Incêndio: Eng. Hamilton Matos (C. Bombeiros)
Ar Condicionado: Eng. Carlos Roberto (ENGEAR)
Maquete: Bertrand Pereira (téc. maquete)
Adri Duarte Lucena (aluno)
Felipe Rock Pereira (aluno)
Fotografias: Christian Azevedo (aluno)
Ricardo Nogueira(aluno)
Francisco Cabral (aluno)
Arquivos JUTECA
0 comentários:
Postar um comentário