sábado, 14 de janeiro de 2012

JOCEMAR CHAVES ETERNA SAUDADE

VEREADOR ZEZINHO BOTAFOGO LAMENTA O FALECIMENTO DO ARTISTA PLÁSTICO E CARNAVALESCO JOCEMAR CHAVES:

O vereador Zezinho Botafogo (PSB) lamentou profundamente na manhã de hoje (13/01) o falecimento do Artista, Carnavalesco e Produtor Cultural Jocemar Chaves. O parlamentar destacou a importância de Jocemar Chaves na vida cultural da cidade, onde o mesmo dedicou sua vida inteira a arte e a cultura da capital, participando ativamente das manifestações da cultura popular da cidade de João Pessoa. “Jocemar Chaves era um bravo lutador pela vida e um apaixonado pela cultura da nossa capital. Um dos mais antigos foliões do carnaval. Foram 70 anos dedicados a uma de suas grandes paixões, a folia carnavalesca”, ressaltou o vereador. Jocemar Chaves iria completar 78 anos de idade no próximo dia 25 de janeiro. Em maio de 2011, o vereador Zezinho Botafogo homenageou Jocemar Chaves com a Medalha Cidade de João Pessoa.

NOSSA HOMENAGEM A JOCEMAR CHAVES

Jocemar Chaves de Melo, Artista Plástico, decorador e produtor cultural, paraibano natural de João Pessoa, com uma longa folha de serviços prestados a cidade de João Pessoa.

Nascido em 25 de janeiro de 1934, no bairro do Roger, mais precisamente na Rua dos Cariris, hoje Pedro Ulisses, Jocemar Chaves teve sua vida quase em sua totalidade dedicada a arte e a cultura do nosso Estado, onde participou dos mais diversos carnavais existente, sendo considerado um folião autêntico pela sua reverência. Se destacou ainda como decorador de eventos das mais tradicionais festas populares e religiosas, como Carnaval, São João, São Pedro, Nossa Senhora das Neves, Natal. Etc.

Teve formação acadêmica de nível médio, tendo cursado nas escolas tradicionais do Estado da Paraíba, a exemplo do Colégio Lins de Vasconcelos, onde fez referências positivas a respeito daquela antiga instituição de ensino, por onde passou grandes nomes da política, esporte e cultura do Estado.

Jocemar Chaves era um dos mais antigos foliões do carnaval de João Pessoa. 77 anos de idade, 70 deles dedicados à uma de suas grande paixões, a folia carnavalesca. Isso porque ele era na verdade um apaixonado pela vida, pela alegria e a animação dos pequenos e grandes eventos. Ele contava que foi influenciado pelo pai, que chegou a fundar vários blocos de carnaval.

Com apenas cinco anos de idade, começou a seguir a escola de samba do bairro onde nasceu, o Roger. Ele lembrava que no início, quando a folia acontecia na Rua da Areia, centro da cidade, a festa muitas vezes acontecia em meio à um lamaçal de areia vermelha, e a disposição tinha que ser grande, para subir e descer as ladeiras. Justificava sua disposição com duas frases que ouvia do avô e que lhe acompanharam por todos os anos de sua vida: “a derrota do trabalho é a visita de quem não tem o que fazer”, e “tudo depende do querer, dentro de sua possibilidade, faça!”. Isso explica a garra de quem afirma ter realizado decoração na cidade para todos os prefeitos e para oito presidentes da República. Na época da visita do presidente João Batista Figueiredo, ele contava que a decoração começou em Campina Grande e terminou no Valentina.

Há cinqüenta anos era integrante da Ordem Terceira do Carmo, costumava preparar a estrada da Penha, para a procissão no dia da Padroeira. Participou da inauguração da pedra fundamental da Rádio Tabajara, e também fez parte da festa que inaugurou o Estádio Almeidão. Trabalhava sempre na decoração de eventos. Bandeira, faixas, placas, estandartes, alegorias, todo esse universo fez parte do seu dia-a-dia.
E para quem já fez um pouco de tudo nessa vida, já foi baleiro em programa de rádio ao vivo, “cenarista” do Teatro Santa Rosa, vitrinista, cobrador de reboque de bonde.

O trabalho parecia ser um grande prazer e o seu segredo de longevidade. E ele sempre conseguiu tempo para investir em outra paixão, o futebol. Um dos fundadores do Auto Esporte, em 1936, era também vascaíno fanático. Quando o time carioca veio realizar um jogo comemorativo pelos 100 anos do clube na cidade, uma partida do Campeonato Brasileiro de Futebol conseguiu a façanha de levar todo o time para a sua atual “casa”, o bairro de Mangabeira, onde preparou um bloco e organizou uma grande festa.
Ao longo de sua vida, desfilou em mais de 50 blocos diferentes, era capaz de contar de memória e de um fôlego só, praticamente toda a história do carnaval e de várias festas tradicionais do município.

Nossa cidade de João Pessoa sentirá muito a falta de Jocemar Chaves. A capital está de luto e a cultura menos enriquecida. Nosso profundo pesar a toda família e que Deus possa abençoá-los nesse momento de dor e tristeza.


Vereador Zezinho Botafogo
(13/01/2012)

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